Garantir uma tributação justa e
abrangente
Com vista a analisar as acções desenvolvidas
e reflectir sobre os desafios atinentes à execução fiscal, rumo à redução do
défice orçamental, realizou-se, a 16 de Agosto último, a X sessão do conselho
da fiscalidade da Autoridade Tributária de Moçambique, com o lema “Todos juntos na justa tributação dos
recursos naturais disponíveis”.
Participaram do evento, o Ministro
das Finanças, a Governadora da Cidade de Maputo, o Presidente do Conselho
Municipal da Cidade de Maputo, Representante do Gabinete da Presidência da
República, Representante do Ministro da Planificação e Desenvolvimento, Membros
do conselho consultivo do ministro das finanças, Membros do conselho superior
tributário, do conselho directivo e do conselho de fiscalidade, representantes
dos parceiros de cooperação, representantes das instituições públicas, entre
outros.
O Ministro das Finanças, Manuel
Chang, a quem coube proceder à abertura da Sessão, referiu que apesar dos
efeitos da crise nas economias mais desenvolvidas terem tido reflexos variados
nos ritmos do desenvolvimento social e humano das economias do continente
africano, o nosso país continua a registar níveis de crescimento sólidos a par
das boas projecções associadas aos investimentos em curso no sector dos
recursos naturais, com destaque para os sectores de minas e de hidrocarbonetos,
aliado ao desenvolvimento do sector da agricultura, do turismo e das
infra-estruturas. Fazendo o balanço da execução orçamental do primeiro semestre
do presente ano, disse que a arrecadação de receitas para os cofres do Estado
cifrou-se em 55.574.71 milhões de meticais, o equivalente a uma realização de
48.8% da meta anual fixada pela Lei Orçamental e representa um crescimento nominal
de 27.3% face a igual período de 2012 e um rácio fiscal de 11.8% abrindo boas
perspectivas para o segundo semestre não obstante a revisão do limite mínimo de
receita a arrecadar fixado pelo Orçamento rectificativo.
Chang reiterou o papel o papel preponderante
da AT, como órgão do Estado responsável pela colecta de receitas, de garantir a
sustentabilidade da carteira fiscal. “Este papel só pode ser realizado com
sucesso com um sistema fiscal moderno e alinhado às melhores práticas regionais
e internacionais.” Frisou. Segundo Chang, “Constitui prioridade a continuação
das reformas do sistema fiscal, em particular, simplificando as leis e
procedimentos, o que vai permitir uma maior e melhor contribuição dos recursos
naturais cujo Boom dos sectores mineiro e petrolífero tem criado muitas
expectativas catalisadas à atenção de diversos segmentos nacionais e
internacionais.”
Por
seu turno, a Governadora da Cidade de Maputo, Lucília Hama saudou o evento,
cujo lema, segundo disse, vai de acordo com as expectativas e anseios do país.
“É chegado o momento de todos nos moçambicanos contribuirmos com ideias,
experiências e saber para uma justa tributação dos recursos naturais, para o
benefício das gerações presentes e vindouras.” Acrescentou. No seu discurso
chamou à responsabilidade o sector privado para que dê maior contributo na
arrecadação de receitas. Na ocasião, deu a conhecer que no ano de 2012 e 1º
semestre do presente ano a cidade de Maputo arrecadou receitas no valor de
221.828.000,00MT, o que representa uma realização de 44,8%, representando um
crescimento em 14,25% face a 2011. No primeiro semestre do ano em curso a
cidade de Maputo arrecadou uma receita estimada em 18 milhões de meticais
correspondente a uma realização de 41%. “Temos vindo a acompanhar com bastante
agrado o esforço empreendido pela Autoridade Tributária no nosso país, em
particular na nossa cidade, no que se refere à implementação de novas
estruturas e expansão de serviços pelos locais mais próximos dos contribuintes,
diminuindo as longas distâncias que os mesmos tinham que percorrer para
efectuar o pagamento das suas contribuições fiscais.” Disse.
No seu discurso, o Presidente da
Autoridade Tributária, Rosário Fernandes, referiu que mais de 1/5 da população
(dos 11,5 milhões em idade e capacidade de pagar) já cumpre com as obrigações
fiscais, contra 1/25, nas variáveis homóloga, em 2006. Referiu ainda que a expressão
prática do alargamento da base tributária e de controlo das mercadorias do
comércio externo, está reflectida na existência, no país ate àquela data, de 95
unidades de cobrança dos impostos internos, contra 30 em 2006, e de 125
unidades aduaneiras (fronteiras e estâncias interiores). “ A nossa expectativa
para os trabalhos desta X sessão do Conselho de Fiscalidade é de que todos
possamos debater franca e abertamente, contribuindo com ideias para a melhoria
do sistema tributário nacional, em todas as suas vertentes, apresentando todas
as possíveis recomendações, sugestões e propostas, que serão aprofundadas a posteriori em sede dos órgãos colegiais
da AT, em particular do CST, a quem caberá, na oportunidade, transformar em
reflexões sumárias, ou em iniciativas de projectos de diplomas legais, a
submeter às entidades competentes, de decisão sobre políticas públicas
fiscais.”
Foto de Família
Governadora da Cidade de Maputo, Ministro das Financas e o Presidente da AT no momento do Hino Nacional
Presidente da AT Recebe o Protótipo das Futuras Instalacões do Instituto Superior de Formação e a Chavena da AT
Quadros Atentos ao discurso do Presidente da AT (Rosário Fernandes)
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